sábado, outubro 22, 2011
terça-feira, outubro 18, 2011
quarta-feira, setembro 21, 2011
segunda-feira, setembro 19, 2011
domingo, setembro 18, 2011
Todo paradoxo é essencial
Conselhos
Adoramos distribui-los
Alguns astuciosos os vendem
Nem sempre dados na ocasião exata
Preferimos ler instruções
Seguir rumos opostos
Seguindo nossa intuição
Orgulhosamente...
Entre batalhas dedutivas
Laboratórios empíricos
Estagnando o tempo
Esquecendo que o tempo não para
Pelo pensamento linear
O pragmatismo total
O inevitável perambular
Entre círculos... ciclos
Pela complexidade
Sigo a intuição...
Na busca de motivação
Mudar de opinião... Conceber e compreender
Erros e acertos
A vida exige respostas
Rápidas e pragmáticas
Sobre falácias filosóficas
Todo paradoxo é essencial
Na forma itinerante do real.
sexta-feira, setembro 16, 2011
O mundo dos que foram libertados do cativeiro do próprio ego
Fui libertado do cativeiro do ego
Rompendo os paradigmas enraizados
No momento de lucidez da insanidade
Tudo é mutável...
Pelo gostar demasiado
Sinto uma profunda solidão...
A tônica da realidade social em que vivemos
Quem precisa de perguntas retóricas?
Discursos de pouca ação...
Quem é digno de nossa gentileza?
É o começo do fim ou é o fim do começo...
A intensidade em que se vive é à base da experiência,
Mas tudo o que me apego pode estar equivocado.
Argumentação... A impermanência e vastidão...
Ninguém pode garantir que viu além da própria mente...
Está a ano luz de muitos velocistas...
E ascendem velas para as estrelas... Velas estelares
Dos xamãs a física quântica... E esta solidez do ego vai se ruindo...
Poético, sóbrio, discreto.
É a superatividade do ego...
Entende a natureza da realidade...
Tem alguns pressupostos de vertentes complementares...
Procuramos fora... Pelos oceanos da última fronteira,
sabe-se tão pouco sobre as profundidades.
Não acredite em nada e em ninguém,
O melhor é experimentar fazer pesquisas, ter suas
experiências e conclusões pessoais.
O empirismo da descoberta.
Uma tendência ao universal, sem demonstrar o interesse
específico por uma classe de problema,
Mas pela resolução dos problemas em si.
Dominam certos aspectos da realidade e passam a novos
problemas.
Via em mim um mestre, em esferas superiores do pensamento.
Meu único discípulo.
Extraordinário é a inquietação típica do artista
Explicam a trajetória...
Tudo é mutável...
No momento de lucidez da insanidade
Rompendo os paradigmas enraizados
Fui libertado dos cativeiros do ego.
Jardins Verbais
A sedução do poético.
Identificável e particular.
Um jardim de essências
Pela arte da contra conquista
O espelho da palavra.
Onde vemos a nossa identidade
Transformando-se na própria forma criatividade
No exato momento em que se inventa
Uma forma estável de operar a ruptura
Da saturação dos próprios limites
Pelo tumulto compreensível e intencional
Da sublime função poética.
Produz labirintos de espelhos deformados
Entre os jardins verbais
Pelo tempo, espaço... Movimento
Um mergulho no infinito
O desprendimento da aniquilação
Do desejo excessivo do ilimitado
Dissolvido pelo mar das palavras
Desdobrar de uma inspiração
Pelo condensar de experiências
O atormentar da duvida
Um mérito inegável
Subjetividade...
A escultura da palavra
Pela leitura que multiplica a ideia
O itinerário... Literário
Virtualização...
Relações humanas
Quantos obstáculos você já criou
Para desistir do sonho...
O Considerando impossível
Sendo o possível moldado
No acreditar desmedido
A utopia próxima
Pelo desdobrar da mente
A inspiração toma forma.
Enigma
Na busca de consolidar um futuro
Perambulando pela cidade
Encontrei um velho arauto
Que já de tempos conhecia
Vinha ele também
nesta jornada
Procurar a compreensão pelas palavras
Contou-me sobre o caos...
De como invade a face e mente dos desavisados
E em seu improviso poético
Retira do bolso um pequeno papel rabiscado
O qual chamou de passaporte para a falsa realidade
Tomou o papel entre os dedos
E empolgou-se na sua eloquência;
Este é o passaporte para a falsa realidade
Uma ilusão avessa da comodidade
Espalha-se pelo ar da cidade
Seu cheiro de mato e terra
Na frívola espera
Dos sonhos mais serenos
De sentimentos mais amenos
Queima-se toda uma ilusão
Tranquiliza a dor do coração
E, para ti que ouves as palavras de um louco.
Sei que também tu um pouco
Conhece esta falsa realidade
Quando se lembra de todas as veredas da cidade
Toda aquela demência
Consequência... Experiência
Que te faz libertar...
Fazia-te sonhar...
Amenizando as pressões
Em caóticas ações;
Deixe teu ser voar
Deixe-o relaxar...
Voando pelo teu desejo
Desejando aquela garota
Aquela loucura... Aquele beijo
Enquanto caminhas para a luz
Esta que te conduz;
Para as verdades e realidades
Presentes e existentes
Aqui e em ti...
Respirou profundamente e olhou-me
Ansiando minha replica...
Segui em um empenho eloquente
Nos como arautos
Conhecemos como poucos
Os mistérios humanos
Nosso desejo é sondar os arcanos
Que temos impregnados em nos
Queremos a completa compreensão
Dos sentimentos...
Dos pensamentos...
Buscar a paz
A verdadeira liberdade
Não apenas de nos
Mas de todos aqueles que caminham
Pela estrada, na busca comum.
Fazemos dos próprios sentimentos sangue
Para que palavras possam voar
E alimentar as
esperanças
Dos que ficam pelo caminho
Segue o teu que sigo o meu
Nossos caminhos cruzam-se
Todas às vezes que as palavras criam asas
Toda vez que sentimentalidade
Rabisca e baila sobre o papel
Nossos caminhos se cruzam
A cada leitura... A cada declamar
Pelo intento eloquente
De que algo novo deve acontecer
Saberão todos que seguimos
O mesmo caminho
Não pelas mesmas estradas
Mas pelos mesmos sonhos
O tempo anda...
O tempo corre...
O tempo voa...
Basta viver...
Basta compreender.
domingo, setembro 04, 2011
sábado, agosto 27, 2011
sábado, agosto 13, 2011
Portishead - Western Eyes
Olhos de Faroeste
Torturas esquecidas da vida de outros
O coração do amor é a única luz deles
Ambições desesperançosas, consolidadas
Agüentando doce caridade
Com olhos de faroeste e hálito perverso
Nós deitamos nossas próprias consciências para descansar
Mas eu vou sofrer
com a vista
Sim, eu estou me quebrando com
as cenas como você
Eles têm valores de um certo sabor
Eles mal podem esperar pela inocência
Crucificar, invalidar
Mudando para desonestidade
Com olhos de faroeste e hálito perverso
Nós deitamos nossas próprias consciências para descansar
Mas então eles mentem e então eles ousam ser
Heróis escondidos candidamente
Então eu estou sofrendo
com a vista
Sim, eu estou me quebrando
com as cenas como você
eu me sinto tão frio
com vagabundas e gin
essa bagunça em que nós estamos
Fonte:http://letras.terra.com.br/portishead/31307/traducao.html
segunda-feira, agosto 01, 2011
Grandes museus em 3D
Todos os links estão na página do Google Art Project, e algumas imagens estão disponibilizadas em gigapixels, ou seja, em altíssima resolução.
Confira abaixo alguns dos museus disponibilizados pelo "incrível Google":
- National Gallery (Londres, Inglaterra)
- Palace of Versailles (Versailles, França)
- Tate Britaim (Londres, Inglaterra)
- The Museum of Modern Art - MoMA (New York, EUA)
- Gemäldegalerie (Berlim, Alemanha)
- Museo Thyssen - Bornemisza (Madri, Espanha)
- The State Tretyakov Gallery (Moscou, Rússia)
- Dentre tantos outros.
Essa ideia já chegou ao Brasil através da Era Virtual, que também disponibilizou em seu site visitas virtuais (com narração e tudo!), dessa vez aos principais museus brasileiros. Estão disponíveis os links para as visitas virtuais de 10 diferentes museus (dos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina), e outras 5 já estão sendo produzidas.
Não perca tempo! Comece já as suas visitas!
Fonte: http://www.vestibular.com.br/dica/grandes-museus-em-3d
Brasilia em 360°
Clique imagem e conheça Brasilia em 360°
quarta-feira, julho 27, 2011
terça-feira, julho 26, 2011
Theme For An Imaginary Western
Tema Para um Oeste Imaginário
Quando os vagões saem da cidade para a floresta e mais adiante
Vagões pintados da manhã, estradas empoeiradas para onde eles foram
Às vezes viajando através da escuridão, conhece o verão chegando em casa
Cabeças baixas pelo caminho, parecia que eles poderiam ter conhecimento
Oh, o sol estava em seus olhos, e o deserto estava seco
Nas cidades do estado, onde se ouviam suas risadas
Oh, a dança e a cantoria e a musica quando eles tocaram
Oh, o fogo que começou ao longo do trilha, sem arrependimentos
Algumas vezes eles encontram, algumas vezes eles guardam
Muitas vezes perdidos ao longo do caminho
Lutaram entre sí para possuí-lo, algumas vezes cegos pela luz do dia
Oh, o sol estava em seus olhos, e o deserto estava seco
Nas cidades do estado, onde se ouviam suas risadas
.
.
segunda-feira, julho 18, 2011
Por um mundo com mais livros e leitores
Se você tem um livro pegando poeira em casa, que tal vender, trocar, doar, emprestar ou libertar? Ajude a construir um mundo com mais leitores e mais livros.
Ficha Técnica:
Diretor de Criação: Marcelo Benini e Patricia Rosset
Diretor de Arte: Magdy Blass Selmy
Redator: Elaine Cipriano Maniçoba
Produtor: Joélia Aguiar
Ilustrador: Nelson Cordeiro
Agência: Comunicata
domingo, julho 17, 2011
quinta-feira, julho 14, 2011
domingo, julho 10, 2011
segunda-feira, julho 04, 2011
segunda-feira, junho 06, 2011
Estatuto de Poeta
(Primeiro Rascunho Para um Esboço de Projeto Amplo, Total e Irrestrito)
Silas Corrêa Leite
Artigo Um
Todo Poeta tem direito de ser feliz para sempre, mesmo até muito além do para sempre, ou quando eventualmente o "para sempre" tenha algum fim.
Artigo Dois
Todo Poeta poderá dividir sua loucura, paixão e sensibilidade com mil amores, pois a todos realmente amará com o mesmo prelúdio nos olhos, algumas asas nas algibeiras e muitas cítaras encantadas na alma, ainda assim, sem lenço e sem documento.
Parágrafo Único
Nenhum Poeta poderá ser traído, a não ser para que a pobre ex-Musa seja infeliz para todo o resto dos dias que lhe caibam na tábua de carne desse Planeta Água.
Artigo Três
Nenhum Poeta padecerá de fome, de tristeza ou de solidão, até porque a tristeza é a identidade do Poeta, a solidão a sua Pátria, sendo que, a fome pode muito bem ser substituída num abismo terminal por rifle ou cianureto. E depois, um poeta não precisa de solidão para ser sozinho. É sozinho de si mesmo, pela própria natureza, com seus encantários, santerias, ninhais, mundo-sombra e baladas de incêndio.
Artigo Quatro
A Mãe do Poeta será o magno santuário terreal de seus dias de lutas e sonhos contra moinhos e erranças de gracezas e iluminuras.
Filho de Poeta será como caule ao vento, cálice de liturgia, enchente em rio: deverá adaptar-se ao Pai chamado de louco por falta de lucidez de comuns mortais ou velado elogio em tácita inveja espúria.
Artigo Quinto
Nenhum Poeta será maior que seu país, nenhuma fronteira ou divisa haverá para o Poeta, pois sua bandeira de luz-cor será a justiça social, pão, vinho, maná, leite e mel, além de pétalas e salmos aos que passaram em brancas nuvens pela vida. E depois, uns são, uns não, uns vão, uns hão, uns grão, uns drão – e ainda existem outros.
Artigo Sexto
A todo Poeta será dado pão, cerveja, amante e paixão impossível, o que naturalmente o sustentará mental e fisiológicamente em tempos tenebrosos ou de vacas magras, de muito ouro e pouco pão.
Artigo Sétimo
Nenhum Poeta será preso, pois sempre existirá, se defenderá e escreverá em legítima defesa da honra da Legião Estrangeira do Abandono, à qual se sabe pertencer, com seu butim de acontecências, ou seu não-lugar de, criando, Ser, estar, permanecer, continuar, feito uma letargia, um onirismo, uma catarse, ou um surto psicótico que os anjos chamam alumbramento terçã.
Artigo Oitavo
A infinital solidão do espaço sempre atrairá os Poetas.
Artigo Nono
Caso o Poeta "viaje fora do combinado", tome licor de ausência ou vá morar no sol, nunca será pranteado o suficiente, nem lhe colocarão tulipas de néon, dálias aurorais, estrelícias de leite ou dente-de-leão sob o corpo que combateu o bom combate. Será servido às carpideiras, amigos, parentes, anjonautas e guardiões, vinho de boa safra por atacado, cerveja preta mais bolinhos de arroz, pão de minuto e cuque de fubá salgado.
Artigo Décimo
Poeta não precisará mais do que o radar de seus olhos, as suas mãos de artesão sensorial no traquejo do cinzel interior, criativo, mais sua aura abençoada e seu halo com tintas de luz timbral para despojar polimentos íntimos em verso e prosa, como pertencimentos-quireras, questionários e renúncias.
Artigo Décimo-Primeiro
Poeta poderá andar vestido como quiser, lutar contra as misérias e mentiras do cotidiano (riquezas impunes, lucros injustos, propriedades roubos), sempre buscando pela paz social, ou ainda mamando na utopia de uma justiça ético-plural-comunitária. Quem gosta de revolução de boteco é janota boçal metido a erudição alcoólica e pseudo-intelectual seboso e burguês. Poeta gosta mesmo de humanismo de resultados. De pegar no breu. A luta continua! Saravá, Brecht!
Artigo Décimo-Segundo
Poeta pode ser Professor, Torneiro-Mecânico, Operário, Ourives, Jardineiro, Fabricante de Bonecas, Vigia-Noturno, Engolidor de Fogo, Entregador de Raposas, Dono de Bar ou Encantador de Freiras Indecisas. Poeta só não poderá ser passional, insensível, frio ou interesseiro. Ao poeta cabe apenas o favo de Criar. O poeta escreve torto por linhas tortas (um gauche), poesilhas (poesia rueira e descalça) e ficção-angústia. Escreve (despoja-se) para não ficar louco...para livrar do que sente. O Poeta, afinal, é um "Sentidor" com sua angústia-vívere
Artigo Décimo-Terceiro
Se algum Poeta for acusado levianamente de alguma eventual infração ou crime, a dúvida o livrará de ser apenado. E se o Poeta dizer-se inocente isso superará palavras acima de todos e sua fala será sentença e lei sagracial. A ótica do Poeta está acima de qualquer suspeita, e ele sempre é de per-si mesmo o local do crime da viagem de existir. Mas pode colaborar com as autoridades, cometendo um crime perfeito. Afinal, só os imbecis são felizes.
Parágrafo Único
Poeta não erra. Refaz percursos. Poeta não mente. Inventa o inexistente, traduz o impossível, delata o devir. Poeta não morre. Estréia no céu. Poeta padece fibra por fibra no ser-se de si mesmo
Artigo Décimo-Quarto
Aos Poetas serão abertas todas as portas, até as invisíveis aos olhos vesgos e comuns dos mortais anônimos, serão abertos todos os olhos, todas as almas, todos os caminhos, todas as chamas, todos os cântaros de lágrimas e desejos, todos os segredos dessa dimensão ou fora dela, num desespelho de matizes, feito insofrência do desmundo.
Artigo Décimo-Quinto
A primeira flor da primeira aurora de cada dia novo, será declarada de propriedade do Poeta da rua, do bairro, do país ou de qualquer próximo Poeta a confeitar como louco, como ermitão ou pioneiro, de vanguarda. Em caso de naufrágio ou incêndio, poetas e grávidas primeiro
Artigo Décimo-Sexto
Não existe Poeta moderno, clássico, quadrado, matemático como pelotão de isolamento, ou só aleijado por dentro, pois as flores e os rios não nascem nunca iguais aos outros, sósias, nem os poemas são tijolos formais de reboques arcaicos. Nenhum Poeta poderá produzir só por estética, rima ou lucro fóssil. Poesia não é para ser vendida, mas para ser dada de graça. Um troco, um soneto, uma gorjeta, um haikai, um fiado pago, uns versos brancos, um salário do pecado, um mantra-banzo-blues-lundu. E todo alumbramento é uma meia viagem pra Pasárgada.
Poeta é tudo a mesma coisa, com maior ou menor grau de sofrimento e lições de sabedoria dessas sofrências, portanto, com carga maior ou menor de visão, lucidez, sensoriedade canalizada entre o emocional e o racional, de acordo com a sua bagagem, seu vivenciar, seu prisma existencialista de bon vivant por atacado. Poeta há entre os que pensam e os que pensam que pensam. Entre os que são e os que pensam que são, pois se parecem. A todos é dado a estrada de tijolos amarelos para a empreita de uma caminhada que o madurará paulatinamente. Ou não. Todo poeta é aprendiz de si mesmo, em busca de uma pegada íntima, e escreve para oxigenar a alma. Afinal, são todos sementes, e sabem que precisam ser flores e frutos, para recriarem, para sempre, a eterna primavera cósmica.
Todo aquele que se disser Poeta, assim o será, ou assim haverá de ser
Parágrafo Um
O verdadeiro Poeta não acredita em Arte que não seja Libertação. Saravá, Manuel Bandeira!
Parágrafo Dois
Poeta bebe porque é líquido. Se fosse sólido comia.
Parágrafo Três
Poeta é como a cana. Mesmo cortado, ralado, amassado, ao ser posto na moenda dos dias, ainda assim tem que dar açúcar-poesia
Inciso Um
Poeta também bebe para tornar as pessoas mais interessantes.
Parágrafo quatro
Poeta não viaja. Poeta bebe. E todo Poeta sabe que o fígado faz mal à bebida.
Artigo Décimo-Sétimo
Poeta terá que ser rueiro como pétala de cristal sacro, frequentador de barzinhos como anjo notívago, freguês de saunas mistas como recolhedor de essências, plantador de trigais amarelos como iluminador de cenários, cevador de canteiros entre casebres de bosquíanos, entre o arado e a estrela, um arauto pós-moderno como declamador de salmos contemporâneos entre extraterrestres.
Parágrafo Único
Poeta rico deverá ainda mais amar o próximo como se a si mesmo, ajudando os fracos e oprimidos, os Sem Terra, Sem Teto, Sem Amor, para então se restar bem-aventurado e poder escrever cânticos sobre a condição humana no livro da vida. Poeta é antena da época. E o neoholocausto do liberalismo globalizador é o câncer que ergue e destrói coisas belas.
Artigo Décimo-Oitavo
A todo Poeta andarilho e peregrino como Cristo, São Francisco ou Gandhi, será dado seu quinhão de afeto, sua porção de Lar, seu travesseiro de pétalas de luz. Quem negar candeia, azeite e abrigo ao Poeta, nunca terá paz por séculos de gerações seguintes abandonadas entre o abismo e a ponte para a Terra do Nunca. Quem abrigar um Poeta, ganhará mais um anjo-da-guarda no coração do clã que então será abençoado até os fins dos tempos.
Parágrafo único
O sábio discute sabedoria com um outro sábio. Com um humilde o sábio aprende.
Artigo Décimo-Nono
Poeta poderá andar vestido como quiser, com chapéus de nuvens, pés de estrelas binárias ou mantras de ninhos de borboletas. Nenhum Poeta será criticado por fazer-se de louco pois os loucos herdarão a terra e são enviados dos deuses. "Deus deve amar os loucos/Criou-os tão poucos..." - Um Poeta poderá também andar nu, pois assim viemos e assim nos moldamos ao barro-olaria de nosso eio-Éden chamado Planeta Água. E a estética para o poeta não significa muito, somente o conteúdo é essência infinital.
Artigo Vigésimo
Poeta gosta de luxo também, mas deve lutar por uma paz social, sabendo a real grandeza bela de ser simples como vôo de pássaro, simples como pouso em hangar fantástico, simples como beira de rio ou vão de cerca de tabuínha verde. Só há pureza no simples.
Artigo Vigésimo-Primeiro
Nenhum Poeta, em tempo algum, por qualquer motivo deverá ser convocado para qualquer batalha, luta ou guerra. Mas poderá fazer revoluções sem violência. Poderá também ser solicitado para ser arauto da paz, enfermeiro de varizes da alma ou envernizador de cicatrizes no coração, oferecendo, confidente e solidário, um ombro amigo, um abraço de ternura, um adeus escondido feito recolhedor de aprendizados ou visitador de bençãos, ou até ser circunstancialmente um rascunhador clandestino de alguma ridícula carta de suicida por paixão impossível.
Artigo Vigésimo-Segundo
Mentira para o Poeta significa cruz certa. Aliás, poeta na verdade nunca mente, só inventa verdades tecnicamente inteiras e filosoficamente sistêmicas...
Artigo Vigésimo-Terceiro
Musa-Vítima do Poeta será enfermeira, psicóloga, amante, mulher-bandeira, berço esplêndido, Santa. Terá que ser acima de todas as convenções formais, pau para toda obra. No amor e na dor, na alegria e na tristeza, até num possível pacto de morte.
Artigo Vigésimo-Quarto
Poeta não paga pensão alimentícia. Ou se está com ele ou contra ele. Filhotes sobrevivente de uma relação qualquer, ficarão sob sua guarda direta e imediata. Ex-Mulheres serão para sempre águas passadas que não movem moinhos, como velas ao vento de uma Nau Catarineta qualquer, como exercícios de abstrações entre cismas, ou como aprendizados de dezelos íntimos de quem procura calma para se coçar.
Artigo Vigésimo-Quinto
Revogam-se todas as disposições em contrário, CUMPRA-SE - DIVULGUE-SE!
Itararé, São Paulo, Brasil, Cinzas, 1998,
Lua Cheia – Do jazz nasce a luz!
Lua Cheia – Do jazz nasce a luz!
(Texto traduzido para o espanhol pela Poeta Dr. Antonio Everardo Glez, de Durango, México)
- Breve tradução para o inglês, francês e italiano.
- Breve tradução para o inglês, francês e italiano.
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